quinta-feira, dezembro 11, 2008

Nuvens de desenvolvimento vertical



As nuvens de desenvolvimento vertical quanto ao género classificam-se: cúmulos e cumulonimbos. Os cúmulos humilis e os mediocris são as nuvens indicadas para voar em térmica, normalmente as térmicas são materializadas por pequenos cúmulos. Quando há muita humidade e calor no ar, resulta uma grande instabilidade… este tipo de nuvens evolui para cúmulos congestus. Podendo ainda evoluir para os cumulonimbos.Os cúmulos são frequentes em dia de sol, quando o solo está fortemente aquecido. Este tipo de nuvens têm contornos bem definidos, devido à contínua produção de gotículas dentro da nuvem.
As fotos em cima reprentadas da esquerda para a direita designam-se: cúmulos mediocris; cúmulo congestus; cumulonimbo.
Os pequenos cúmulos "humilis, mediocris" podem evoluir e desenvolver cúmulos maiores conhecidos por cúmulos congestus, que são uma das nuvens mais espectaculares, pois as correntes ascendentes contínuas no interior da nuvem, produzem bolhas e tufos em variação constante na superfície superior da nuvem. Desenvolvem-se quando o ar no interior da nuvem se mantêm mais quente que o ar à sua volta e assim a nuvem permanece mais leve do que a sua vizinhança, continuando a desenvolver-se para cima, é alimentada pelas fortes correntes ascendentes no interior da nuvem, subindo o ar a velocidades que chegam a atingir os 20 m por segundo. Os topos dos cúmulos congestus podem atingir os 13 km.
A designação cumulonimbo; resulta da união da palavra cumulo, que significa montão, e nimbo, que significa nuvem de chuva. Este tipo de nuvem, após atingir a sua maturidade provoca tempestades, turbulência, descargas eléctricas… é nuvem densa, potente, de extensão vertical significativa, tem uma forma de montanha, ou bigorna, sendo uma parte da sua região superior lisa. Por baixo da sua base, em geral é muito escura. Provocam normalmente violentas precipitações de chuva, neve ou granizo. São anunciadas por ventos violentos, minutos antes da chegada da nuvem. No seu interior abundam fenómenos tormentosos. Existem também correntes ascendentes de várias dezenas de metros por segundo, provocando turbulências elevadas. A corrente descendente move toneladas de ar contra o solo, o qual depois do impacto se distribui para o exterior gerando uma corrente de ar que altera os ventos dominantes, provocando rajadas. Crescem a partir de cúmulos grandes, têm a base entre os 500m e os 2 km o seu topo pode atingir os 13 km.
Em condições instáveis, o ar no interior destas nuvens é mais quente do que o ar na vizinhança razão pela qual estas nuvens continuam a crescer, devido às fortes correntes ascendentes convectivas no seu interior. O calor resultante da condensação de enormes quantidades de vapor de água realimenta as correntes ascendentes de ar quente. O topo destas nuvens congela em cristais de gelo, que crescem constantemente à medida que as gotículas de água são arrastadas para cima, colocando-se a eles. A cúpula borbulhante, característica dos cúmulos em desenvolvimento, torna-se achatada assim que congela e espraia-se frequentemente em forma de penacho (a "bigorna"), por acção dos ventos dominantes grande altitude.A formação do cumulonimbo, resulta essencialmente de três condições em simultâneo: instabilidade; factores que façam subir a massa de ar; e uma alta humidade no ar. Regra geral uma massa de ar é considerada instável, quando a mesma diminui mais de 6,5º por cada 1000 metros. Os factores que desencadeiam a subida da massa de ar, podem ser os seguintes: cadeias montanhosas; frentes; e movimentos convectivos, causados pelo aquecimento da superfície da terra. Quando existe as condições para se formarem cumulonimbos, surgem em virtude do ar ao subir torna-se instável, uma vez que está mais quente e tem menor densidade que o exterior, até atingir o ponto de condensação. Nesta altura desprende o calor, libertando muita energia e provocando a subida de micro gotas que se vão unindo umas às outras, aumentando o seu diâmetro até produzirem precipitação. A sua formação regra geral demora entre uma e duas horas. É sem dúvida a nuvem mais perigosa e temida em aviação. A sua turbulência chega a sentir-se num raio de 20 km ou mais.